Luiza, versão 2.2
Não me sinto muito diferente. Acho que cheguei à conclusão que meus aniversários não vão mais fazer me sentir como uma pessoa diferente. Acho que 22 é a idade que isso finalmente acontece. Antes, morando nos EUA, cada ano era apenas “um ano mais perto dos 21.” Depois dos 21, fora o fato de muitas baladas terem perdido a graça totalmente, eu acho que não vou mais me sentir “diferente” ou “mais velha.”
No dia 14, a véspera do meu aniversário, fui a um bar/restaurante incrível chamado Carrie Nation Cocktail Club. Este lugar é perfeito para quem gosta de uma vibe anos 20. É baseado na proibição, quando álcool não era permitido nos EUA, e a área do restaurante é inteira decorada com relíquias dessa época. A comida é incrível e os coquetéis super criativos, alguns até tem clara de ovo para dar uma textura diferente. O nome do lugar, Carrie Nation, veio de uma figura histórica, uma das maiores apoiadoras da campanha contra o álcool. Era conhecida por atacar estabelecimentos como bares e tabernas com um machado. Ela mesma dizia que era um “bulldog correndo aos pés de Jesus, latindo para tudo que Ele não gosta.” Meio irônico que agora o bar mais conhecido por suas bebidas leva o nome dela. Ela morreu em 1911, e não deve estar muito feliz com isso, onde quer que ela esteja…
Enfim, jantei com 20 amigos, e depois de comer fomos para a área “secreta”, ou, como chamavam na época o speakeasy. Os speakeasies eram os bares escondidos da época da proibição, normalmente localizados atrás de alguma porta secreta em cabeleireiros ou cafés ou outras lojinhas pequenas. Neste bar, se você quiser ir ao speakeasy, precisa dar seu nome para a hostess. Daí, você espera por tipo meia hora, ou às vezes uma hora, dependendo do quão cheio está, e eles te ligam quando o speakeasy está pronto para você. Você segue um segurança que te leva para o lado de trás do bar, atrás da cortina, onde tem um ambiente completamente diferente, escuro, e muito estiloso.
Recomendo esse lugar para qualquer pessoa que vier para Boston. Foi uma noite e tanto!

Eu, minha mãe e o Connor no final da noite (minha mãe ficou comigo e meus amigos até o bar fechar às 2 da manhã!)

“Lips that touch liquor shall not touch ours” – o quadro atrás, que quer dizer “lábios que tocaram álcool não tocarão os nossos.” Esquerda para a direita: Angela, Erica, eu, Kate (em cima) Meredith, Gisela (aka mamãe), Rachel (embaixo)
Era para todas terem ficado sérias na foto para imitar as mulheres do quadro, mas não rolou muito…